Revigrés central fotovoltaica sustentabilidade
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Publicado a:
22/01/2024

Escrita:
Vanessa Trindade

Revigrés: inovação e sustentabilidade

Num contexto em que a sustentabilidade na construção se torna cada vez mais crucial, a Revigrés destaca-se como uma peça fundamental para contibuir para edifícios mais ecológicos.

Num contexto em que a sustentabilidade na construção se torna cada vez mais crucial, a Revigrés destaca-se como uma peça fundamental para contibuir para edifícios mais ecológicos. Num cenário onde normas ambientais são imperativas, a empresa não só disponibiliza produtos cerâmicos de alta qualidade, como redefine padrões através da sua abordagem inovadora e compromisso ambiental.

Ao investir em práticas sustentáveis e projetos pioneiros como o Revidry, a Revigrés responde às exigências atuais, mas também molda o futuro da construção com responsabilidade ambiental. O Dscarb esteve à conversa com Victor Ribeiro. CEO da Revigrés, que nos explicou como os produtos e iniciativas da Revigrés estão a contribuir para um ambiente mais sustentável.

Num contexto em que os edifícios, quer os que se estão a construir, quer os que se estão a reabilitar já têm de cumprir várias normas ambientais, de que forma é que os produtos Revigrés podem contribuir para um edificado mais sustentável?

Os edifícios são responsáveis por 40% das emissões de CO2, pelo que é imperativo que a estratégia futura de renovação do edificado contribua para a neutralidade carbónica.

Para esse efeito, serão determinantes a escolha dos materiais e a criação de sistemas de certificação ambiental claros e estáveis.

A opção por materiais livres de plásticos e, em simultâneo, de elevada resistência e durabilidade – como a cerâmica – contribuem para a qualidade do ar no interior dos edifícios e para prolongar o seu ciclo de vida, reduzindo o impacto ambiental da sua construção, remodelação e demolição.

Por outro lado, os revestimentos e pavimentos cerâmicos respondem às exigências de resistência, durabilidade, eficiência energética e sustentabilidade de modelos de planeamento e construção emergentes, como a construção modular.

De salientar ainda as Declarações Ambientais de Produto (DAPs/EPDs), que atestam o impacto dos materiais na saúde humana, ecossistemas e consumo de recursos materiais e energéticos, contribuindo para a obtenção de certificações ambientais.

A este nível, a Revigrés é a primeira empresa portuguesa do setor de revestimentos e pavimentos cerâmico a apresentar Declarações Ambientais de Produto (tipo III), segundo a Norma ISO 14025 e EN 15804. Desta forma, os seus produtos contribuem para o cumprimento dos requisitos de diversos sistemas de certificação ambiental dos edifícios internacionais, entre os quais os sistemas BREEAM e LEED.

Também temos vindo a investir na construção da nossa Biblioteca de Objetos BIM (Building Information Modeling), que disponibilizamos de forma gratuita aos projetistas, contribuindo para uma projeção, conclusão e manutenção de edifícios mais rápida, económica e sustentável.

Finalmente, estamos ainda a apostar no fornecimento de produtos com novos formatos e espessuras para responder às necessidades de performance ambiental dos edifícios e a novas formas de planear e construir, como a construção modular.


Revigrés é apoiada, desde sempre, por uma política ambiental estruturada assente na inovação.

Victor Ribeiro. CEO da Revigrés

Olhando para a vossa política ambiental, quais as ações que mais se destacam e como se materializam?

A atividade da Revigrés é apoiada, desde sempre, por uma política ambiental estruturada assente na inovação e num comportamento eco-eficiente que se reflete nos principais indicadores do seu desempenho ambiental.

Destacamos: a opção pelo ECODESIGN, um plano e processo produtivo mais eficiente que permite uma redução nos impactos ambientais; a valorização de 98% dos resíduos que resultam do processo produtivo, incorporados diretamente na produção e noutros processos fabris; a reutilização da totalidade das águas residuais industriais e otimização do consumo de água; a utilização de embalagens recicladas; a reciclagem do plástico desperdiçado no processo de embalagem e armazenagem; e a gestão das emissões de CO2 e implementação de medidas para a sua redução.

A empresa tem ainda instalada uma Central Fotovoltaica para Autoconsumo cuja segunda fase foi desenvolvida em parceria com a Helexia.  No total, são 7.328 painéis fotovoltaicos cuja produção de energia solar contribui com 20% do total de energia elétrica consumida pelas unidades fabris e é responsável pela redução das emissões de CO2 em 1,826 toneladas/ano.

No futuro, a eficiente gestão dos recursos e a valorização de resíduos para a promoção de uma economia circular, a par da utilização de energias renováveis, como o solar e o hidrogénio verde, tendo em vista o cumprimento das metas de neutralidade carbónica, serão alguns dos objetivos prosseguidos pela Revigrés.

Explique-nos em que consiste o projeto Revidry, e porque é que ele é diferenciador?

O projeto de investigação Revidry emerge da necessidade de repensar o processo de produção cerâmica tradicional, nomeadamente, em duas etapas com elevado consumo de água e energia: a moagem e a atomização.

Com efeito, o processo de preparação de pasta cerâmica tradicional, por via húmida, utiliza elevadas quantidades de água como meio de moagem. Posteriormente, no processo de atomização, esta água é removida por secagem, com um consumo elevado de gás natural.

Assim, o projeto Revidry tem como objetivo o desenvolvimento de um novo processo de produção de revestimentos e pavimentos cerâmicos em porcelânico através da preparação de pasta por via seca.

Com a preparação de pasta cerâmica por via seca pretende-se reduzir de forma expressiva a utilização de água na fase da moagem e minimizar a posterior secagem, com ganhos económicos e ambientais significativos.

O desenvolvimento do projeto de investigação é da responsabilidade da Revigrés em parceria com o CTCV – Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro, a Universidade de Aveiro e a empresa JUCA, com o cofinanciamento do COMPETE 2020, Portugal 2020 e União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

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