Alguns dos marcos mais icónicos de Paris serão as novas “florestas urbanas” da cidade.
De acordo com um plano anunciado presidente Anne Hidalgo, em breve irão surgir pequenas florestas perto de locais históricos, incluindo o Hotel de Ville, a Ópera Garnier, a Gare de Lyon e ao longo do cais do Sena.
Segundo o World Economic Fórum, estas “ilhas de frescura” fazem parte de um plano municipal para moderar as ondas de calor na cidade. Também se insere num esforço geral para tornar Paris “mais verde”, introduzindo solo em locais arquitetónicos que foram historicamente mantidos nus. Como resultado, o plano não só aumentará a vegetação, mas também irá compensar a quantidade de betão que nos habituámos a ver em Paris.
O plano passa por transformar a praça em frente à Câmara Municipal num pinhal, os terrenos circundantes à opera Garnier serão invadidos por cerejeiras, a Gare de Lyon ganhará um jardim e uma das mais antigas ruas do cais do Sena será ocupada por relva e arbustos.
Paris: compromisso com a descarbonização
Estima-se que sejam plantadas mais de 170 000 árvores e, embora “floresta” possa ser um termo demasiado amplo, estes planos são necessários se Paris quiser cumprir os seus ambiciosos objetivos de descarbonização. Até 2030, a Câmara Municipal de Paris quer ter 50% da cidade coberta por áreas verdes (Berlim 51%, Oslo 74%), o que pode incluir novos parques, mas também apoiar os proprietários dos edifícios a criar telhados com vegetação.
As escolas também vão ser intervencionadas, alterando os pavimentos de betão por solo e vegetação.
O plano inclui também a passagem gradual de parques de estacionamento para pequenos jardins, à medida que se melhoram os transportes públicos.
Este esforço vai permitir combater as ondas de calor da cidade, diminuir os níveis de poluição, aumentar o conforto e como consequência a esperança de vida dos parisienses.