No terceiro episódio do Descarbonizável estivemos à conversa com Paulo Pinto Santos diretor de marketing da Costa Verde e Pedro Alves diretor comercial da Helexia.
Mais um podcast Descarbonizável, a explicar como as empresas, nos vários setores podem iniciar o seu processo de descarbonização sem que isso altere os seus investimentos estratégicos.
Para ouvir aqui:
A Costa Verde é uma empresa de porcelana que faz agora 31 anos. Iniciou a sua atividade em 1992 e nasceu de uma união de forças dos distribuidores deste tipo de produto, as cerâmicas profissionais.
Paulo Pinto Santos fala dos desafios que enfrentaram sendo uma empresa recente, num mercado com centenas de anos e operando um pouco ao contrário do normal: os distribuidores a criar uma parceria empresarial que fabricasse os produtos que estavam identificados como necessários. No entanto, esta desvantagem histórica pautou aquilo que é a grande marca da Costa Verde: inovação, investigação e desenvolvimento.
A evolução do negócio da Costa Verde
A trabalhar quase na totalidade desde 1997 para o canal Horeca, a Costa Verde, fornece para a hotelaria e restauração quase na totalidade da sua produção. Hoje fornecem as grandes cadeias hoteleiras a nível mundial, presentes em mais de 50 países e são reconhecidos como marca profissional de porcelanas.
Desde o primeiro dia de atividade que as preocupações com a qualidade e sustentabilidade estão presentes em todas as ações da Costa Verde. Começaram com a certificação ISO 9001, mas o alto nível de certificação manteve-se e apresentam essas medidas como a única forma de conseguirem estar em mais de 50 mercados mundiais com consistência e serem parceiros comerciais de grandes marcas internacionais. Com certificações na área da qualidade, do ambiente, da segurança e higiene no trabalho, responsabilidade social, bem como certificação energética. Neste contexto, a sustentabilidade faz parte dos processos de produção e segundo Paulo Pinto Santos, nem faria sentido ser de outra forma. Deram um nome a esta integração de certificações: Política CVIS (Costa Verde Integrated System).
Como o investimento da Helexia permitiu à Costa Verde continuar a fazer o que faz melhor?
Por seu turno, Pedro Alves explica como há 5 anos um investimento da Helexia de cerca de 1 milhão de euros trouxe tanta mudança. Neste momento há uma poupança acumulada de cerca de meio milhão de euros, mas é preciso referir que este valor se refere ao preço da energia no início do projeto. Fazendo as contas ao custo da energia de hoje, os valores de poupança são muito maiores. Este projeto também já poupou cerca de 3500 ton de CO2.
“Neste momento, com o projeto e investimento da Helexia na Costa Verde conseguimos obter cerca de 25% da energia necessária para a operação.”
Paulo Pinto Santos diretor de marketing da Costa Verde
São 3600 painéis solares que asseguram cerca de 25% das necessidades energéticas da Costa Verde, evitando anualmente a emissão de 713 toneladas de CO2, o equivalente a plantar 18300 árvores por ano. Antes de haver uma central fotovoltaica no topo do edifício, existia uma cobertura de fibrocimento, um material que contém amianto, criando uma dupla vantagem: a eliminação de uma substância nociva para a saúde humana e o aproveitamento da nova cobertura para a produção de energia limpa e renovável.
Pedro Alves explica também como funcionou, neste caso, o investimento na totalidade por parte da Helexia. A Helexia tem a capacidade técnica de implementar o projeto e a capacidade financeira de atrair investimento o que permite que o cliente mantenha o seu capital operativo para o que é importante para o seu negócio.
