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Publicado a:
15/12/2021

Escrita:
Ricardo Atayde

A Eficiência Energética está no topo das prioridades dos empresários portugueses

A conclusão é do 1º Barómetro Sustentável, uma iniciativa da revista SUSTENTÁVEL que identificou as prioridades de empresários e gestores nacionais e as suas práticas mais sustentáveis.

 

Prioridades dos empresários

Neste barómetro, a eficiência energética aparece como o grande compromisso das empresas e é a prioridade número um de 79,5% dos inquiridos quando se fala dos compromissos integrados no Roteiro da Neutralidade Carbónica. Logo a seguir estão a gestão de resíduos e reciclagem (62%) e a economia circular (50,3%). Já os processos inovadores são considerados prioridade para garantir uma cadeia de abastecimento mais eficiente (83,6%), seguida da tecnologia (63,7%) e da certificação (53,2%). Também as sinergias com parceiros foram valorizadas em quase metade das empresas (43,9%).

 

Quais os benefícios da Eficiência Energética?

As medidas de eficiência energética são uma das práticas sustentáveis com mais potencial a adotar pelas empresas. Este é um fator reconhecido não só pelos empresários e gestores nacionais como por especialistas do setor energético.

O motivo prende-se com o facto de estas serem medidas que oferece múltiplos benefícios, desde logo, na maioria dos casos, um rápido retorno sobre o investimento. Para além do benefício económico de longo prazo, a aplicação de medidas de eficiência energética permite igualmente a diminuição das emissões de CO2 com a redução dos consumos energéticos.

 

Exemplos de medidas de Eficiência Energética

Podem ser aplicadas medidas como substituição de equipamentos obsoletos por equipamentos mais inovadores e com melhores prestações do ponto de vista do consumo energético.

A iluminação eficiente através da substituição de lâmpadas e luminárias antigas por outras mais inovadoras, como tecnologia led, mais eficiente e com uma vida útil mais longa que pode economizar até 65% de energia.

Outras possíveis medidas a implementar, dependendo das características de cada edifício e necessidades energéticas do negócio podem ser a substituição e melhoria dos sistemas de climatização, aumentando o conforto térmico e a qualidade do ar dos edifícios, recuperação de energia térmica no processo produtivo ou até melhoria dos sistemas de ar comprimido na indústria. O objetivo será sempre manter os mesmos níveis de operação, usando menos energia.

A Helexia pode implementar e inclusive financiar estas e outras medidas de eficiência energética. Ver aqui.

 

A Metodologia

O primeiro passo para a aplicação de medidas de Eficiência Energética será identificar as necessidades energéticas específicas do negócio. Esta identificação pode ser feita através da realização de um diagnóstico ou auditoria energética onde será elaborado um relatório e identificadas as oportunidades de otimização e melhoria da eficiência energética. Depois de selecionadas as medidas e reconhecida a viabilidade técnica e económica, o projeto é implementado, através da melhoria, construção ou instalação dos novos sistemas, garantindo a sua manutenção preventiva e periódica e otimizando o projeto ao longo do tempo.

 

Práticas mais sustentáveis

O foco dado à sustentabilidade pelas empesas, numa escala de 1 a 5, colocam a eficiência energética no topo, com 4,32 valores de média, estando muito próxima da tecnologia com 4,15. As alterações climáticas, a economia circular, o consumo ético, a descarbonização, desplastificação e compras ecológicas preferenciais são os temas que se seguem na agenda das empresas com valorizações muito idênticas. O ecodesign aparece menos destacado, com apenas 2,92 pontos.

 

 

A maioria das empresas (63,7%) admite investir até 50.000€, anualmente, em sustentabilidade e apenas 5,8% refere gastar mais de um milhão de euros nestas práticas. No extremo oposto está o retalho, que domina as classes de investimento mais altas.

 

Protagonistas da sustentabilidade

responsabilidade da sustentabilidade é assumida na maioria das empresas desta amostra ao mais alto nível, pela Administração, Presidência ou Comissão Executiva. A Qualidade, Operações e as Unidades de Negócio são as categorias que se seguem. No fundo da tabela aparece o Marketing, Comunicação e Recursos Humanos a assumirem esta responsabilidade.

O interesse dos acionistas /CEO e da direção de topo são reconhecidos como os grandes dinamizadores de políticas de sustentabilidade, seguidos pela reputação, oportunidades de mercado e redução de custos. A pressão do cliente e as imposições legais não são os pontos mais referidos, ficando na segunda metade da tabela.

 

Conclusões

As políticas empresariais e os produtos e serviços das empresas estão a incorporar cada vez mais a sustentabilidade e em alguns casos o negócio muda por completo em função de novas orientações. Exemplos como as empresas de petróleo e gás, que se reinventam e estão a fazer shift do negócio, são a prova de que há uma revolução em curso.

A Eficiência Energética, no topo das prioridades dos líderes nacionais, tem um papel fundamental na descarbonização da economia e no caminho para a Neutralidade Carbónica até 2050. Através da inovação tecnológica e de práticas mais eficientes, será possível tornar as empresas mais competitivas ao mesmo tempo que reduzimos os consumos energéticos e diminuímos as emissões de gases com efeito de estufa.

 

Fonte: Barómetro da Sustentabilidade

Para este Barómetro foram inquiridas 170 empresas, que responderam durante os meses de julho e agosto de 2020. As empresas pertencem a diferentes setores: agrícola (41,5%), indústria (21,3%), serviços (19,9%) e retalho (12,2).
A Administração/Direção Geral foi a função assinalada por 59,1% dos respondentes, seguidos de responsáveis de marketing (13%), responsáveis de sustentabilidade (7,3%) e de Qualidade (6,1%).
Lisboa e Centro são as áreas geográficas com maior peso nas respostas.

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