A Helexia organiza no dia 26 de maio às 11h, em comemoração do Dia Mundial da Energia, o evento online “Energia como fator de competitividade para a exportação”. O evento terá transmissão Live nas plataformas Linkedin e Youtube. Nuno Brito Jorge da ANJE é nosso convidado a quem colocámos algumas questões sobre este tema.
1- Que papel tem a ANJE, no apoio a jovens empresários e suas empresas, para o crescimento no mercado global através da exportação?
Está no ADN da ANJE apoiar as empresas na sua atividade, na recuperação económica ou no crescimento.
Neste período desafiante do país e do mundo, a ANJE lançou uma estratégia de transição digital, com a qual estamos a dotar as empresas de ferramentas para ultrapassar os desafios trazidos pela pandemia e incentivar empreendedores a lançar soluções inovadoras, com potencialidade de crescimento em Portugal e no estrangeiro.
Para materializar este projeto, a associação está a promover um conjunto de iniciativas de Norte a Sul do país que passam por formações de capacitação, criação de uma plataforma digital e promoção de novos negócios de natureza digital.
Um pilar fundamental desta estratégia é o lançamento de um Acelerador Digital, dedicado a empresas “low-tech” e PMEs. É um instrumento de modernização e de introdução de tecnologia nas empresas, capaz de apoiar as empresas na sua transformação integral.
Para que esta estratégia seja descentralizada e inclusiva, a ANJE irá percorrer o país, com o objetivo de alargar as iniciativas ao maior número de empresas possível.
Em parceria com os municípios, a associação vai colocar à disposição dos empreendedores um conjunto multidisciplinar de conteúdos e serviços de valor acrescentado ao processo de digitalização.
O projeto já arrancou no Porto, onde irá incluir 120 empresas e mais de 2400 horas de formação, mas a meta para a ANJE é abranger 3.000 empresas, em cerca de 30 municípios, até ao final do ano.
A transformação das empresas é fundamental, com o objetivo de assegurar a sua continuidade e de não se perder a competitividade internacional. Portugal não pode perder este comboio, no despontar de um novo ciclo económico e a ANJE, que tem vindo apoiar o lançamento e o desenvolvimento de empresas em várias áreas desde 1986, pretende ser uma alavanca desta transformação.
2- Quais são os grandes desafios dos jovens empresários para a criação de novas empresas e modelos de negócio sustentáveis?
Um empreendedor ou empresário tem que ter, para começar, muita ilusão e espírito de sacrifício, aos quais deve juntar a vontade e capacidade de arriscar.
Empreender é, e continuará a ser, cada vez mais frequente, seja no sentido da criação de empresas (de base tecnológica ou não), seja na opção por um estilo de vida com novas experiências, bem-estar, flexibilidade e alinhamento de propósitos pessoais e profissionais.
Ao nível da formação diria que temos agora gerações capazes e formadas como nunca, com quem, como empregador, admito que é um verdadeiro prazer trabalhar.
Depois vêm outros tipos de desafios como podem ser 1) o acesso a capital na fase inicial dos seus negócios, e felizmente vemos também cada vez mais soluções, 2) acesso a redes de apoio e conhecimento, uma área em que a ANJE pode ser um aliado muito importante dos empreendedores e empresários, 3) a burocracia e carga fiscal que temos hoje em Portugal e que continuam a ser uma dor de cabeça para qualquer empresário (sobretudo os mais pequenos) e, por último, 4) o desafio de escalar o negócio para atingir a sustentabilidade, no sentido em que é bastante viável começar um pequeno negócio e fazer algum dinheiro extra mas torná-lo a via principal de rendimentos de um empreendedor ou família requere já uma “maturidade” que muitas vezes o empreendedor ainda não tem (ex.: obtenção de financiamento ou industrialização de processos). Mais uma vez, uma área em que a ANJE pode dar uma ajuda preciosa.
