O índice de Global energy intensity – que mede em ternos económicos, a eficiência de utilização de energia, globalmente – melhorou pouco mais de 2% em 2022. Este valor precisa de duplicar para 4% por ano, até 2030 para cumprir as metas de eficiência global.
O potencial da eficiência energética
De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), se for alcançado até 2030, uma unidade de energia utilizada, vai gerar 40% mais produção económica do que hoje. Isto mostra o potencial da eficiência energética.
Mais de metade dos 150 países analisados pela IEA alcançaram uma melhoria de 4% pelo menos três vezes na última década, e cinco países do G20 – China, França, Indonésia, Japão e Reino Unido – mantiveram uma média de 4% ou mais durante um período de cinco anos.
O efeito da crise energética
A crise energética global após a invasão da Ucrânia levou vários países a dar prioridade à eficiência energética. É uma forma de enfrentar várias preocupações de uma só vez : a segurança energética, a acessibilidade e a crise climatérica.
Vários governos responderam com medidas para promover a eficiência energética, e em paralelo oferecendo incentivos para tecnologias eficientes.
De acordo com a IEA, mais de 70% da economia global reforçou ou introduziu novas medidas de eficiência energética. Como resultado, ocorreu um aumento no investimento na eficiência energética e os vários players e consumidores do mercado estão mais despertos para a importância de redução do consumo de energia.
Já existem tecnologias maduras em áreas-chave como ar condicionado, iluminação, transportes, motores elétricos e indústria pesada.
Este é o momento dos vários governos implementarem as políticas, os apoio e os incentivos certos.
Ainda podemos limitar o aquecimento global
Agência Internacional de Energia (IEA) atualizou o Net Zero roadmap e embora o caminho para limitar o aquecimento global a 1,5 °C tenha diminuído, ainda é viável. Isto se os governos aproveitarem com maior ambição o forte crescimento em tecnologias de energia limpa, como a energia solar fotovoltaica, carros elétricos, etc.
Os próximos anos serão críticos. Sem medidas decisivas nesta década, a janela fechar-se-á e o mundo ficará preso a impactos ainda mais perigosos das alterações climáticas.
É crítico garantir que a eficiência energética permanece no topo da agenda mundial, construíndo consenso para compromissos e ações globais mais fortes.